A Diversidade e Inclusão é um tema da ordem do dia. Não apenas pela imposição legal que privilegia a contratação de pessoas com deficiência (Lei n.º 4/2019, de 10 de janeiro), ou até a legislação de igualdade salarial (Lei 60/2018, de 21 de agosto) que poderá sujeitar as empresas infratoras a coimas. Mas, também, porque são cada vez mais as empresas que apoiamos nesta missão de tornar o mundo do trabalho mais atento ao que cada pessoa tem de melhor.
Os famosos nómadas digitais, os movimentos migratórios fruto de conflitos e catástrofes naturais e até a crescente implantação de shared services em Portugal por parte de grandes empresas são alguns dos fatores que aceleram a criação de equipas cada vez mais multiculturais no seio das Organizações.
Aos já conhecidos desafios geracionais das Organizações acrescem assim os desafios culturais, para os quais é crítico o desenvolvimento de Inteligência Cultural (IC). Estamos conscientes da existência deste tipo de Inteligência?
A capacidade de desenvolver negócios em diferentes contextos culturais, refletindo a multiculturalidade nas suas próprias equipas, impacta a capacidade de as Organizações fidelizarem os seus próprios clientes.
Catarina Ciríaco - Senior Consultant EY, People Advisory Services
Inteligência Cultural
A Inteligência Cultural, também denominada Quociente Cultural (QC), refere-se à habilidade de uma pessoa se adaptar e trabalhar eficazmente em diferentes ambientes e situações culturais caracterizadas pela diversidade cultural.
Quais os benefícios da Inteligência Cultural?
Como desenvolver a Inteligência Cultural nas Organizações?
Falhas de comunicação, equipas pouco coesas, aumento do nível de turnover, perda de clientes e até colocar em causa o sucesso de fusões e aquisições, são alguns dos riscos aos quais as Organizações com baixos níveis de Inteligência Cultural estão expostas.
O desenvolvimento da Inteligência Cultural requer o investimento de tempo e recursos. Contudo, os frutos serão não só notados na performance financeira das empresas, mas também na capacidade da Organização vencer a guerra do talento, uma vez que os ambientes multiculturais são cada vez mais valorizados pelas novas gerações. Esta será assim uma vantagem competitiva das Organizações que pretendem preparar a sua workforce para as formas de trabalhar do futuro e destacar-se num mercado global e altamente competitivo.
Fonte: Catarina Ciríaco, Senior Consultant EY, People Advisory Services